CAMILA RIBEIRO E DOUGLAS TRIELLI
DA REDAÇÃO
DA REDAÇÃO
O prefeito Mauro Mendes (PSB) afirmou que seu sucessor, Emanuel Pinheiro (PMDB), se empenhou para que a Câmara de Vereadores aprovasse o projeto de revisão da planta genérica dos imóveis da Capital, medida que impactaria no valor do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano).
Mauro lembrou, inclusive, do almoço realizado por Pinheiro com 21 vereadores, ocasião em que o peemedebista teria pedido para que os parlamentares apreciassem o texto.
Ao MidiaNews, Emanuel Pinheiro chegou a afirmar que a revisão foi enviada pelo prefeito Mauro à Câmara, ainda em dezembro de 2015, e que “não pode ser debitada" em sua conta.
Mauro, por sua vez, rebateu as declarações do prefeito eleito.
A que interessa o prefeito Mauro Mendes, como prefeito, ter um aumento de IPTU se meu mandato termina agora? Difícil acreditar em certas coisas, mesmo que se faça um esforço muito grande
“Fui eu que fiz reunião com 21 vereadores? Quem fez reunião com 21 vereadores foi o prefeito Mauro Mendes ou o prefeito Emanuel Pinheiro para pedir para votar na Câmara?”, questionou Mauro.
Às vésperas de concluir seu mandato à frente do Alencastro, Mauro disse que sequer teria interesse em aprovar a mensagem.
“A que interessa a Mauro Mendes, como prefeito, ter um aumento de IPTU se meu mandato termina agora? Difícil acreditar em certas coisas, mesmo que se faça um esforço muito grande”, ironizou.
“Não fiz nenhum movimento, não mexi um único dedinho para que esse projeto fosse aprovado”, completou.
Votação
A revisão da planta genérica da Capital deveria ter sido votada pela Câmara durante sessão extraordinária realizada na última terça-feira (27).
Contudo, o Legislativo retirou o projeto da pauta de votação.
O prefeito Mauro Mendes afirmou que os vereadores de Cuiabá não tiveram “coragem” de apreciar o texto.
“Havia um trabalho que foi feito e aprovado pelo Conselho dos Corretores de Imóveis, pelo Sinduscon [Sindicato das Empresas da Construção Civil], por entidades que participaram representando a sociedade, e aprovaram. Daí por diante, era com nossos vereadores, que não tiveram a coragem de votar isso no momento que devia ter sido votado”, afirmou.
Revisão
O prefeito entende que o Executivo deve fazer um novo levantamento da planta genérica da Capital e encaminhar novamente para a apreciação do Legislativo.
Ele também afirmou ser improcedentes as informações dando conta de que uma eventual revisão resultaria numa elevação de 30% nos valores do IPTU.
“Essa história de que aumenta 30% é uma falácia. É um número imbecil que inventaram. Tem lugar que aumenta menos, tem lugar que aumenta mais do que isso, tem lugar que não aumenta nada. É uma justiça tributária. Há casas avaliadas na atual planta a R$ 20 mil, mas hoje estão valendo R$ 100 mil”, explicou.
“O que eu disse há um ano continuo reafirmando: o que estamos fazendo é atualizar uma planta, trazê-la para uma base da realidade. Já que, em muitos bairros, a prefeitura realizou uma série de melhorias, como asfalto, por exemplo, o que gerou a valorização dos imóveis. A prefeitura foi lá, investiu, gastou dinheiro público e o local ficou valorizado. Então, esse cidadão tem que contribuir para que outros lugares também recebam melhorias. É justiça tributária”, reiterou.
0 comentários:
Postar um comentário