domingo, 23 de abril de 2017

PMDB Cuiabá Emanuel Pinheiro - Cobrado na Justiça, Emanuel promete medidas para desafogar Pronto-Socorro


O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), anunciou que irá adotar medidas emergenciais para retirar os pacientes que estão alojados em macas e cadeiras nos corredores do Pronto-Socorro Municipal. A medida visa cumprir uma decisão da juíza Célia Regina Vidotti, da Vara de Ação Civil Pública e Ação Popular de Cuiabá, que atendeu a um pedido do Ministério Público Estadual (MPE).

Ccom/Cuiabá
emanuel pinheiro
Emanuel Pinheiro afirma que decisão judicial será cumprida. Imagem ilustrativa.
Em entrevista concedida  ao vivo ao programa MTTV 1ª Edição, o prefeito afirmou que as medidas para atender a Justiça serão providenciadas. Entre as soluções encontradas está a busca de apoio em hospitais filantrópicos, com a liberação de leitos para receber os pacientes.

Segundo Emanuel Pinheiro, a prefeitura também deverá "ocupar melhor" o Hospital São Benedito, que é mantido com recurso municipal, estadual e federal. Em último caso, disse o prefeito, será viabilizada a compra de leitos na rede privada de saúde. “A população não vai padecer, custe o que custar”, garantiu.

Ao vivo, Emanuel Pinheiro manifestou, ainda, sua indignação com a atual situação da unidade. “É um caos. É uma vergonha a saúde pública que é oferecida para a população cuiabana hoje", disse o político, complementando que se envergonha de ser prefeito da cidade diante do serviço prestado à comunidade.

O pedido de intervenção da Justiça, feito pelo MPE, considerou um relatório elaborado pelo Conselho Regional de Medicina (CRM), em que foram apontadas mais de 310 irregularidades na unidade de saúde. Atualmente, cerca de 150 pessoas aguardam por leitos em macas em cadeiras espalhadas pelos corredores do Pronto-Socorro. A Justiça determinou que esses pacientes em condição desumana  sejam removidos para outros hospitais que utilizem o Sistema Único de Saúde (SUS).

A determinação da Justiça pede, ainda, que a unidade de saúde seja reformada. Um estudo sobre a real situação do Pronto-Socorro já está em processo de elaboração junto à Prefeitura de Cuiabá, a fim de atender a todas as demandas da Justiça. O órgão terá o prazo de dois meses para publicar o edital da reforma. Caso descumpra alguma das ordens judiciais, a prefeitura deverá pagar multa de R$3 mil por dia.

"Estamos construindo um programa que vamos anunciar em poucas semanas", anunciou o prefeito. Segundo ele, o estudo elaborado deverá compreender todos os problemas existentes na unidade, apontando os descasos das gestões anteriores. "Vou colocar o dedo na ferida", garantiu.

"Na minha gestão, essa desumanização, esse desrespeito ao cidadão e cidadã da minha terra, eu não vou permitir", enfatizou o prefeito. "Vamos lançar um programa com medidas que vão apresentar um choque de gestão na saúde pública na Capital, humanizando, promovendo a inclusão social e avançando muito na qualidade e na eficiência da saúde pública de Cuiabá", garantiu.
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