quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Mauro Mendes - "MT não paga combustível pra polícia, onde vamos arrumar R$ 1 bi?"


Candidato ao Governo afirmou que prioridade é terminar modal, mas que Estado passa por crise
O candidato ao Governo Mauro Mendes (DEM) afirmou que, caso eleito, sua primeira alternativa para o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) será sua conclusão. Mas disse ver dificuldades para o andamento das obras em função da crise.
 
Em entrevista à rádio Capital FM, na manhã desta quarta-feira (05), Mendes disse que o Estado não consegue nem sequer pagar o custeio da máquina.
 
“A possibilidade número um é terminar [a obra]. É a alternativa número um. Mas precisa de R$ 1 bilhão para isso. Um Estado que hoje não tem dinheiro para pagar gasolina, combustível de suas viaturas da polícia, onde vamos arrumar R$ 1 bilhão?”, questionou.
 
O candidato disse que o Executivo não tem lastro para novos empréstimos e que dificilmente poderia conseguir o dinheiro junto à União.
 
 
Isso tem que ser discutido com responsabilidade. Não basta querer. Não basta dizer que quer isso. Tem que ter condição
“O Governo não tem dinheiro para tomar mais empréstimo. Não tem capacidade de tomar mais empréstimo com o Governo Federal. Então, isso tem que ser discutido com responsabilidade. Não basta querer. Não basta dizer que quer isso. Tem que ter condição”, disse.
 
Mendes disse que vai trabalhar para encontrar as soluções para o modal. Anteriormente, ele havia dito que levaria um ano para encontrar uma solução para a obra.
 
“Vamos estudar com profundidade, seriedade, maturidade que o problema exige e tomar uma decisão. Não posso antecipar qual será”, disse.
 
“Vamos trabalhar. Criar as condições. Isso vai demandar estudo e profundidade nesta análise para tomar a decisão correta”, completou.
 
A obra
 
Orçada em R$ 1,477 bilhão, a obra do VLT foi iniciada em agosto de 2012 e deveria ter sido entregue em junho de 2014, antes mesmo do início dos jogos da Copa do Mundo em Cuiabá.
 
A gestão passada já desembolsou o montante de R$ 1,066 bilhão para a implantação do novo modal de transporte.
 
Em março de 2017, o Governo chegou a entrar em acordo com o Consórcio VLT para que as obras fossem concluídas em um prazo de 24 meses, com início da retomada das obras para junho daquele ano e a conclusão em junho de 2019. 
 
O valor acordado foi correspondente a R$ 922 milhões, sendo R$ 327,2 milhões de passivos do contrato original, mais R$ 594 milhões em outros custos para a conclusão.
 
Desta forma, conforme o acordo assinado em abril, o valor total da implantação do VLT seria correspondente a R$ 1,988 bilhão. 
 
Entretanto, naquele ano estourou a Operação Descarrilho, com base na delação do ex-governador Silval Barbosa. O ex-gestor confessou ter recebido propina do consórcio.
 
Com isso, o governador Pedro Taques decidiu rescindir o contrato unilateralmente  e a questão foi parar na Justiça.
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